No dia 19 de dezembro de 2019, fãs de uma das maiores franquias do cinema puderam assistir ao desfecho final da saga que inspirou gerações
O nono episódio da saga encerra a história iniciada por George Lucas em 1977 e põe um ponto final na história sobre os jedi, a Força e luta do bem contra o mal. Mas enquanto os fãs estavam animados para o último filme e bolando diversas teorias, parece que o diretor J.J Abrams tinha outros planos.
A Ascensão Skywalker mostra os passos finais de Rey tentando descobrir sua origem enquanto luta ao lado dos rebeldes da Resistência contra a temida Primeira Ordem. O filme aborda temas já comuns na saga Star Wars e tem diversos paralelos com os filmes anteriores da franquia. O treinamento jedi de Rey na floresta, por exemplo, é uma versão atualizada do treinamento que Luke teve na floresta em O Império Contra-Ataca.
Se no início do filme esses paralelos parecem interessantes, no decorrer da trama perdem força e levam o espectador a acreditar que está vendo apenas uma versão atualizada de uma história já conhecida. Isso faz o público inclusive entender o final antes mesmo que o filme termine, o que definitivamente tira o impacto do enredo.
O diretor J.J. Abrams tentou homenagear os fãs com um enredo que conectasse todos os filmes e proporcionasse momentos que os amantes da franquia gostariam de ver nas telas, mas ao esticar demais as possibilidades da história, acabou criando uma narrativa fraca.
A própria descoberta sobre a origem de Rey parece desconexa perto dos dois últimos filmes, O Despertar da Força e Os últimos Jedi. Apesar de ter sido uma teoria debatida em fóruns de fãs na internet, o diretor não a contextualizou muito bem e acabou deixando mais dúvidas no ar.
Outro ponto a destacar é o desenvolvimento do personagem Kylo Ren. Com forte presença nos últimos dois filmes, Kylo se mostra um menino confuso e com pouco destaque nesse último filme, deixando espaço para vilões maiores surgirem e roubarem a atenção.
Apesar dos tropeços no enredo, Star Wars: A Ascensão Skywalker teve um começo bom na bilheteria, porém, menor do que os dois filmes anteriores da saga.
As prévias de quinta-feira à noite nos Estados Unidos arrecadaram um total de US$ 40 milhões — cerca de R$ 163 milhões — contra os US$ 57 milhões e US$ 45 milhões de O Despertar da Força e Os Últimos Jedi, respectivamente, de acordo com informações do site Box Office Mojo. A previsão da Disney é que até domingo o filme tenha arrecadado US$ 160 milhões nos EUA, o que também representaria uma queda em relação aos fins de semana iniciais dos dois longas anteriores, que tiveram US$ 240 milhões e US$ 220 milhões.
Críticas
Como nunca é possível agradar a todos, ao mesmo tempo em que há fãs satisfeitos como filme, Star Wars: A Ascensão Skywalker pode se tornar o filme mais detonado pela crítica especializada na saga dos nove filmes.
De acordo com o site de crítica de cinema Rotten Tomates, o último lançamento da série recebeu avaliação positiva de 56% dos críticos. Somente “Phantom Menace”, o episódio I lançado em 1999, recebeu menos opiniões favoráveis, de 53%. O website ainda está compilando críticas, mas já postou 43 avaliações, incluindo seis de comentaristas importantes da imprensa.
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