Depois de um intervalo de três dias, o Rock in Rio voltou com força total. Nesta segunda fase, o roteiro do festival incluiu a estreia de Anitta e a tão aguardada noite do metal.
Quinta-feira - 03/10
Em sua sétima participação no RIR, o Capital Inicial abriu o palco Mundo e não decepcionou. No repertório, a banda optou por hits que cobrem mais de três décadas de sucesso. Apesar de ligeiramente afônico e cansado, o vocalista Dinho Ouro Preto mostrou todo seu carisma e sintonia com a galera.
O encerramento da noite ficou por conta do Red Hot Chilli Peppers, presentes para seu quarto Rock in Rio. A banda optou por fazer um show meio que fora da caixa e como consequência, o setlist veio com alguns dos muitos hits, canções menos badaladas, algumas jams e covers. Apesar de ousado, o repertório não foi unânime e houve até quem disse que a banda enrolou demais.
Sexta-feira - 04/10
Sem dúvida um dos shows mais comentados dessa edição foi o do Iron Maiden. Com bastante alegoria, elementos teatrais, presença de palco e efeitos especiais, a banda deu ao público o esperado: o melhor show de heavy metal possível. Pra começar, Bruce Dickinson chegou chegando com um avião. Depois disso, a banda foi aos céus, passou pela igreja, viu o palco ser invadido pelo folclórico Eddie… E vários outros momentos guiados pelos figurinos de Dickinson.
Depois da apoteótica apresentação do Iron Maiden, quem viesse depois estaria em uma fogueira, né? Só que ao contrário: a banda Scorpionsmostrou toda a força de um autêntico gigante do hard rock. Com seus 55 anos de carreira, o grupo alemão mostrou que o rock pesado realmente é um tipo de música que resiste ao teste do tempo. Amparado por canções mundialmente famosas, os veteranos não deixaram a peteca cair e fizeram um show digno de suas tradições.
Outra banda que chamou a atenção foi o Halloween que apresentou um show animado com uma formação considerada lendária pelos fãs. Em algumas faixas, as letras foram divididas pelos três vocalistas - Kai Hansen, Michael Kiske e Andi Deris. A banda enfrentou uma série de mudanças na formação ao longo dos 35 anos de carreira. Atualmente a formação é composta dos vocalistas e de Dani Loeble (bateria), Sascha Gerstner (guitarra), Michael Weikath (guitarra) e Markus Grosskopf (baixo).
No palco Sunset, o destaque do dia ficou com Slayer, que fez uma apresentação história como parte de sua turnê de despedida.
Sábado - 05/10
Cercada de expectativas, a estreia de Anitta no Rock in Rio não foi um espetáculo grandioso. O som não estava legal e, por consequência, a voz dela ficou pequena e embolada. Ainda assim, um intenso uso de vozes pré-gravadas chamou bastante atenção. Os fãs, no entanto, elogiaram a apresentação da cantora no festival.
Em contrapartida, P!nk fez o show de pop que o RIR sempre desejou promover. Além de um caminhão de hits, a artista entregou uma performance cheia de manobras acrobáticas [feitas em um lustre-gaiola] e, de quebra, ainda sobrevoou a Cidade do Rock pendurada num emaranhado de cabos, fazendo piruetas, pousando em plataformas espalhadas pela público.
Domingo - 06/10
King Crimson, do alto de seus 50 anos de carreira, deu uma verdadeira aula de técnica musical, profissionalismo e organização artística. Com três baterias posicionadas à frente dos demais instrumentos, os "tiozões" fizeram uma apresentação hipnótica e cheia de tempos quebrados, métricas musicais inquietas e solos de guitarra que deixam qualquer guitar hero boquiaberto.
No palco Mundo o grupo Imagine Dragons pilotou a plateia e fez um show que à altura da popularidade que possui entre o público jovem. Não é à toa que entre todas as atrações do line-up do RIR 2019, a banda é campeã de audiência no campeã no YouTube, serviço de música mais popular ao redor do planeta.
E com o rock moderno, eletrônico e pujante do Muse, o Rock in Rio 2019 chegou ao fim. O encerramento foi grandioso, com chaves de ouro, conforme manda a tradição do festival. Em cena, o power trio só faltou transformar a noite em dia.
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