Tragédia com o transatlântico é uma das mais documentadas e conhecidas pelo público

Anunciado como um "navio infundável", o Titanic era um dos maiores transatlânticos da época. Sua viagem inaugural até Nova York deveria ser um marco para a companhia White Star Line, mas acabou sendo uma mancha negra na história da empresa.
Em abril de 1912, o navio colidiu com um iceberg e afundou, matando 1517 pessoas, aproximadamente 68% dos passageiros abordo. O local do naufrágio ficou perdido por muitos anos após o acidente, até que em 1985 o explorador Robert Ballard e sua equipe o encontraram a aproximadamente 4 mil metros de profundidade nas águas do Atlântico Norte.
Apesar do tempo passado, diversas expedições subsequentes encontraram salões inteiros com lustres no lugar e mobílias espaçadas. De fato, essa parecia ser uma boa notícia, se as duas peças principais dos destroços não estivessem cerca de 600 metros de distância uma da outra.

Mas e agora, em 2022, como o navio ainda está?
Atualmente, o navio está sendo destruído por fortes correntes oceânicas, pela corrosão salina e por bactérias que comem metais. Além da profundidade, depois de tanto tempo submerso, mover o navio de lugar pode não ser a melhor das ideias. A fragilidade da estrutura em si é preocupante, colocando em risco, inclusive, a localização atual dos destroços, uma vez que, com a ação do tempo, o que restou do casco do luxuoso navio poderia ser arrastado pelo oceano, se perdendo do local original.

Passados 100 anos do náufrago, os destroços do Titanic passaram a ser protegidos pela UNESCO, que é quem mantém todo item com caráter histórico, arqueológico e cultural. Dessa maneira, nenhuma expedição legal poderá ser feita sem o consentimento da organização. Além disso, atualmente, a instituição não possui o menor interesse em retirar o colosso debaixo da água.
De volta ao Titanic
O National Geographic produziu um documentário sobre o navio quase 100 anos após a tragédia. A obra está disponível na plataforma do Disney+.

O filme documenta os primeiros mergulhos tripulados ao navio Titanic em quase 15 anos. Uma equipe de especialistas usou um submarino especialmente equipado para capturar as primeiras imagens em 4K do navio para analisar sua taxa de degradação.
Para isso, eles construíram um modelo preciso dos destroços do navio para lançar nova luz sobre as icônicas histórias do Titanic. A equipe também deixou uma plataforma experimental no fundo do mar para tentar prever como ficará a estrutura do Titanic no futuro, de acordo com as análises feitas por especialistas.
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