Seja bem-vindo a Svalbard, o lugar mais remoto do mundo. É um arquipélago no meio do Oceano Ártico, onde 2.200 pessoas vivem na última cidade do planeta Terra – acima dela, ao Norte, não há nenhuma outra.
A ilha, que pertence a Noruega, foi descoberta em 1194, quando navegadores vikings avistaram aquilo que chamaram de “svalbardur” (costas frias). Em 1611, tornou-se base para navios caçadores de baleias, mas só viria a ser habitada para valer no começo do século 20. Atualmente, em torno de 2.200 pessoas vivem na ilha.
Na 2a Guerra Mundial, a Alemanha invadiu a Noruega – e Svalbard foi especialmente atacada. Em 1941, os Aliados foram até lá, evacuaram toda a população civil (inclusive, com permissão da URSS, os operários soviéticos).
Mas Svalbard não é a cidade do fim do mundo só porque fica no fim do mundo. Há outro motivo. Ela abriga o Global Seed Vault (banco global de sementes), construído pelo governo norueguês em 2008 para guardar sementes de todas as coisas que a humanidade planta – e reconstruir a agricultura global se ela for devastada por alguma catástrofe apocalíptica, como epidemias, inundações ou guerras.
Existem outros bancos de sementes no mundo, mas nenhum como este: um bunker escavado dentro de uma montanha congelada. Sua entrada fica na encosta da montanha Plataberget, 130m acima do nível do mar. Mesmo na pior das hipóteses de aquecimento global, com os oceanos subindo 6m, as sementes estarão a salvo.
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