Debate sobre um possível conflito tomou conta da internet nos últimos dias
2020 mal começou mas o Google já registrou um grande aumento nas pesquisas por "idade de recrutamento". Isso ocorreu porque um ataque aéreo dos EUA matou o general iraniano Qassem Suleimani na sexta-feira, dia 04/01, e o Irã prometeu retaliar.
Mas para além de uma guerra convencional, a suposta guerra entre os EUA e o Irã pode ter uma nova configuração com ataques cibernéticos, segundo os especialistas. Nos últimos 10 anos, hackers iranianos provaram que podem causar danos significativos nas operações de empresas nos EUA.
Entre 2012 e 2013, o Irã respondeu às sanções dos EUA mirando Wall Street. Os hackers apoiados pelo Estado iraniano inundaram o tráfego dos sites das principais instituições financeiras, forçando-os a fechar.
Em 2014, hackers iranianos lançaram um ataque de malware às redes usadas pelo cassino de Sheldon Adelson em Las Vegas depois que o magnata sugeriu que os EUA jogassem uma bomba no deserto iraniano. Custou pelo menos US$ 40 milhões para se recuperar.
Apenas três meses atrás, a Microsoft disse que um grupo ligado ao Irã tentou invadir as contas de e-mail de funcionários da campanha presidencial dos EUA, funcionários do governo e jornalistas.
Em tempo, a mais nova arma cibernética é a desinformação. No ano passado, plataformas sociais como Facebook e Twitter despertaram alarme sobre os falsos esforços de propaganda iraniana antes das eleições no país.
Enquanto as tensões entre os dois países continua a escalar, o Irã anunciou que não seguirá mais as restrições do acordo nuclear de 2015 sobre o enriquecimento de combustíveis e o tamanho de seu estoque de urânio enriquecido. Já nos Estados Unidos, o Congresso urge ao Presidente que não tome mais decisões sem o consentimento de todos os membros do governo.
NO BRASIL
Enquanto isso no Brasil o presidente Bolsonaro disse que o país "não tem poderio nuclear para poder opinar sobre o conflito". Mas se a reação do governo é cautelosa, na internet os brasileiros se divertem com memes e piadas sobre o assunto.
As imagens criadas foram destaque no site de notícias iraniano, Iran International, que explicou as reações bem humoradas ao anúncio de vingança pela morte do General Soleimani.
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