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Bandersnatch: a ilusão do controle

Foto do escritor: Amanda DumontAmanda Dumont


[Contém spoiler]


O filme interativo da Netflix Bandersnatch chegou com a promessa de inovação ao ser o primeiro filme na plataforma onde os usuários poderiam decidir o destino do personagem.


Com cinco finais possíveis, os fãs não perderam tempo para conferir a novidade, que mostra a história do jovem Stefan, em 1984, criando um videogame para a empresa mais famosa do momento.

No entanto, há uma sacada. Ao assistir ao filme e realizar as escolhas pelo personagem, o usuário logo percebe que há caminhos que não pode percorrer e é obrigado a voltar para um ponto anterior. Essa situação cria um ponto meta com o filme onde o próprio personagem cria dead ends no jogo que está produzindo. De acordo com Stefan “vamos criar a ilusão do controle, o usuário acha que vai poder ter controle, mas vamos leva-lo para o final que nós queremos”.

É exatamente isso que o filme faz com quem assiste. Você tem o livre arbítrio de escolher opção A ou B, mas somente a opção B leva a um caminho novo. Ao lançar Bandersnatch, a Netflix criou um filme onde o fã se torna o próprio personagem.

Em dado momento no filme o personagem principal percebe que está sendo controlado e pergunta quem está no comando, sendo uma das opções a própria Netflix. Ora, se não é exatamente o que está acontecendo conosco naquele momento.

A brincadeira é inofensiva, mas altamente inteligente e nos faz pensar o quanto realmente temos o poder de escolha quando se trata de entretenimento como jogos, plataformas de streaming, entre outros.

Bandersnatch está disponível na Netflix.

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