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75 anos da libertação de Auschwitz mostra que passado não deve ser esquecido

Foto do escritor: Amanda DumontAmanda Dumont

Atualizado: 16 de mar. de 2020

Mais de 1 milhão de pessoas foram mortas no campo de concentração durante o regime nazista alemão.



Passados 75 anos da libertação de Auschwitz, sobreviventes do Holocausto, reuniram-se no local, nesta segunda-feira (27), para honrar a memória de mais de 1,1 milhão de vítimas — principalmente judeus — e lançar um alerta ao mundo frente ao ressurgente antissemitismo.


Procedentes do mundo inteiro, mais de 200 sobreviventes estiveram no antigo campo de concentração nazista, situado no sul da Polônia. No local, compartilharam seus testemunhos no intuito de chamar atenção para a recente onda de ataques antissemitas dos dois lados do Atlântico.

Sobrevivente chora no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia — Foto: Jakub Porzycki / Agência Gazeta via Reuters
Sobrevivente chora no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia — Foto: Jakub Porzycki / Agência Gazeta via Reuters

Com gorros e lenços listrados de azul e branco, simbolizando os uniformes dos prisioneiros no campo, atravessaram, com tristeza, o célebre portal de ferro com a inscrição "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta", em tradução livre do alemão para o português).


Auschwitz-Birkenau, que se tornou o símbolo do Holocausto, ocupa um lugar especial. Era um centro de extermínio, onde mais de 1,1 milhão de pessoas morreram, a maioria judias, mas também ciganos, além de também ser um campo de trabalho, onde a indústria alemã, particularmente a IG Farben, empregava deportados "selecionados" como escravos.


CONHEÇA A HISTÓRIA


Quando os nazistas chegaram ao poder na Alemanha, em 1933, iniciou-se uma perseguição aos judeus. Nessa primeira etapa da campanha para erradicar a população judaica na Europa, foram-lhes confiscados propriedades, direitos e liberdades.

Mulheres e crianças judias são levadas para Auschwitz  Foto: INTERFOTO / AFP
Mulheres e crianças judias são levadas para Auschwitz Foto: INTERFOTO / AFP

Depois da invasão alemã à Polônia em 1939, os nazistas começaram a deportar judeus da Alemanha e da Áustria para a Polônia, onde criaram guetos para separá-los do resto da população. Em maio de 1940, Auschwitz foi transformado em uma prisão para presos políticos.


Em 1941, durante a invasão alemã na União Soviética, os nazistas começaram de fato a campanha de extermínio.


Seis milhões de judeus foram mortos no Holocausto e Auschwitz está no centro do genocídio. Estima-se que, em menos de quatro anos, ao menos 1,1 milhão de pessoas foram mortas no campo de concentração polonês. Quase 1 milhão eram judeus.


Em 27 de janeiro de 1945, tropas soviéticas entraram no campo de concentração e encontraram os sobreviventes magros, torturados e exaustos.

Tropas alemãs derrubam barreiras entre Polônia e Alemanha durante a invasão de 1939 Foto: Hans Sonnke/BundesArchiv
Tropas alemãs derrubam barreiras entre Polônia e Alemanha durante a invasão de 1939 Foto: Hans Sonnke/BundesArchiv

RESPOSTA INTERNACIONAL


Na semana passada, mais de 40 líderes de diversos países se encontraram em Jerusalém em ato para lembrar o holocausto. O evento foi considerado uma das maiores reuniões políticas da história de Israel.


Na missa de domingo realizada pelo Papa Francisco no Vaticano, o pontífice também compartilhou uma mensagem sobre o genocídio, dizendo:


"Na luz dessa grande tragédia, dessa atrocidade, a indiferença não é admissível e a memória é nosso dever. Estamos todos convidados a tirar um momento em oração e reflexão, cada um dizendo no próprio coração: nunca mais, nunca mais!"



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